Colunas do IBPC

quinta-feira, 30 de junho de 2022


 

ESCUTA PSICANALÍTICA

No livro O Amor Que Ascende a Lua , o escritor e psicanalista Rubem Alves escreveu : "O que as pessoas mais desejam é alguém que as escute de maneira calma e tranquila. Em silêncio. Sem dar conselhos. Sem que digam: “Se eu fosse você…” A gente ama não é a pessoa que fala bonito. É a pessoa que escuta bonito. A fala só é bonita quando ela nasce de uma longa e silenciosa escuta”.


É o que faz um psicanalista. Escuta as dores, as angústias, dúvidas, histórias e decepções de seus analisandos. Sem julgamentos. Apenas escuta. Acolhe. Entende a dor do outro. O ódio. Os desenganos. As decepções.

Num mundo em que a comunicação está cheia de ruídos, e há grande dificuldade de ser escutado, pois a maioria quer falar, o psicanalista " empresta" o seu ouvido para o outro, generosamente.

É uma escuta profissional. De entendimento. Não para escutar e depois aconselhar. O psicanalista sabe que o analisando tem sua vida, suas crenças e experiências. São vidas distintas que se encontram durante 50 , 60 minutos. Enquanto um fala, o outro, o analista,  escuta com serenidade. Escuta atentamente. Interessado. Compenetrado.

Saí de si para entrar no universo do analisando. Permitindo aquele que fala, falar e falar cada vez mais. Permitindo que o analisando trabalhe toda a sua angústia e passe a se escutar. 

Quem aprende a se " escutar", com o tempo também aprende a falar. No tempo certo. No momento certo. O suficiente para se entender.

Num tratamento psicanalítico não cabe conselhos. Sugestões. Ideias. Opiniões. Só escuta. Uma escuta bonita. De acolhimento. Compreensão. Compaixão. Amor. Afinal, como dizia Freud, a psicanálise é a cura pelo amor. E o amor é a cura.

Celamar Maione - Psicanalista


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terça-feira, 28 de junho de 2022

INDISPONÍVEL EMOCIONAL

 O indisponível emocional não quer relacionamento sério com ninguém. Prefere ficar só. Gosta apenas de ter casos e ficantes. 

Geralmente sai com vários parceiros ou parceiras ao mesmo tempo. Prioriza relacionamentos ocasionais.

No fundo, o indisponível emocional tem medo de amar e ser amado. Amar por medo de se tornar vulnerável. Ser amado por não acreditar que seja um indivíduo amável. Capaz realmente de despertar o amor de alguém.

Quando percebe que o outro pode ultrapassar o muro construído como defesa, arruma outra pessoa para poder dividir a "energia amorosa".

Indivíduos assim são imaturos e não saíram da infância emocional. Costumam se comportar de maneira infantil e insegura. Alguns tornam-se predadores emocionais, pois não têm responsabilidade afetiva. Quando criança, fizeram o mesmo com ele. Sofreu a dor do abandono.

Sempre que você conhecer uma mulher ou um homem que diz não ter interesse em se relacionar seriamente, acredite.

Não tentem mudar os indisponíveis emocionais. Não os encarem como desafio. São ciladas. E podem fazer um estrago no seu emocional.

psicanalista.celamar


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segunda-feira, 20 de junho de 2022

Psicanálise - Cura Pela Fala

 Por que a psicanálise é a cura pela fala ?

Porque o analisando externa. Desabafa. Coloca pra fora o que está incomodando. Sufocando. Associa livremente toda a sua angústia. O afeto que está guardado no peito. Que não o deixa seguir. Rumina no peito. Na mente.

Não como se fala com um amigo na mesa de bar. Na hora do café. Depois de uma balada. Na análise , o indivíduo terá a oportunidade de, do outro lado, estar um profissional disponível para escutá-lo sem julgamento. Sem dizer o que ele deve ou não fazer da própria vida. 

O indivíduo poderá contar a história da sua vida. Revisar os momentos difíceis. As dificuldades. Contar as derrotas e também as vitórias. Através da própria voz, o analisando coloca as emoções em desalinho mais alinhadas. Palatáveis. Aceitáveis. Passa a entender o que acontece com suas emoções. Afetos e desafetos.

É uma viagem ao interior da mente. Uma busca de si mesmo e daquilo que ficou perdido pelo caminho. É interpretar. Chorar. Sorrir. Sentir. Falar. 

Os recalques e ressentimentos tão bem guardados no inconsciente, tão bem guardados, como no fundo de uma gaveta velha e empoeirada, tornam-se conscientes. Só então, o indivíduo entende o que não entendia antes. Entende o que era incômodo. Entende as relações repetitivas. E assim fala. Fala para se encontrar. Fala para se conhecer. Fala e escuta a própria voz. Libertando-se dos complexos e dos sentimentos paralisantes.

Falar cura. Ao falar o indivíduo externa ao mundo toda a sua dor. Toda as suas dúvidas. Falar é comunicar. É dizer ao mundo : ei, estou aqui. Eu existo. Eu sinto. Eu amo. Eu odeio. Eu erro. Eu acerto. Eu SOU

Psicanalista Celamar Maione